VETERANA NA DRAMATURGIA

Lilia Cabral se emociona ao falar de parceria com Manoel Carlos

Atriz agradeceu parceria com o autor de novelas marcantes e disse que não teria feito uma Helena

Lilia Cabral no Conversa com Bial
Lilia Cabral fala de saudade de Manoel Carlos e reflete sobre trajetória na Globo (foto: Reprodução/Internet)

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Lilia Cabral se emocionou ao relembrar sua longa parceria com o autor Manoel Carlos durante participação no Conversa com Bial de sexta-feira (27). No bate-papo com Pedro Bial, ela destacou a importância do dramaturgo em sua trajetória e afirmou que sente falta das conversas e do convívio com o novelista.

“Sou muito agradecida a esse mestre. Ele me deu frases inesquecíveis e sinto muita saudade dele, das nossas conversas deliciosas. Das nossas conversas, não, porque ele contava toda a história da televisão, desde o teatro ao vivo. Era tão bonito”, declarou. Lilia Cabral atuou em algumas produções do autor como Laços de Família (2000), Páginas da Vida (2006) e Viver a Vida (2009).

Apesar da longa colaboração, a atriz nunca viveu uma Helena, personagem icônica nas tramas do autor. Lilia Cabral disse que isso nunca foi um problema, já que os papéis que interpretou lhe renderam reconhecimento e prêmios. “São coisas que fazem parte da nossa vida, de uma trajetória que ela tinha que ser como foi. Se eu não tivesse feito as antagonistas, os dois Emmys [Award, premiação internacional de programas e profissionais de televisão] que fui indicada, foi através das antagonistas que o Maneco escreveu”, detalhou a atriz.

A veterana sinalizou que acredita que as coisas são como devem ser. “Se eu fosse chamada para fazer uma Helena, ele iria ficar louco. Sou doida, né? Não entro muito no esquema. Acho que ia reverter muita coisa… Não ia fazer ela politicamente correta de jeito nenhum”, brincou.

Ao longo da entrevista, Lilia Cabral sobre a carreira na Globo. Mesmo com a experiência acumulada, ela diz não adotar uma postura de superioridade nos sets. “Apesar da experiência, não gosto de entrar em algum produto, algum trabalho, algum set como se eu soubesse tudo. A experiência é boa para a gente saber que a gente já passou por várias situações, e nós conseguimos resolver”, pontuou.

“Mas, a minha falta de pudor, o meu lado de coragem, de ser destemida… Acho que é mais importante eu estar preocupada com isso do que, propriamente, eu botar na minha cabeça que vou resolver o personagem. Porque eu não sei”, declarou. Ela também destacou a imprevisibilidade do ofício. “É muito engraçado que a gente não sabe o que vai acontecer. A sua intuição fala muito, mas, na verdade, a gente não sabe o que vai acontecer. E é perfeito que seja assim”, contou.

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